A Polícia Federal (PF) prendeu, no último sábado (9), Moacir José do Santos, condenado em outubro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro do ano passado, em Brasília. Santos foi detido em Cascavel, no Paraná, depois de passar um ano na Argentina, para onde foi em abril de 2023.
Na audiência de custódia pela qual passou após ser detido, Moacir afirmou ter sido machucado pelos policiais, que, segundo seu relato, o enganaram quando bateram à sua porta fingindo ser funcionários dos Correios.
– Segurou meu punho e me deu um mata-leão – disse o condenado no vídeo inserido no processo que tramita no Supremo.
Santos estava entre os três primeiros condenados pelo STF pelos atos de 8 de janeiro de 2023. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Santos deixou material genético no local, o que comprovaria sua presença nos atos. Além disso, a PF encontrou fotos e vídeos do ocorrido em seu celular.
Em depoimento, Moacir contou ter ido à capital federal em um ônibus fretado com mais de 60 pessoas e que “buscava um Brasil melhor”, sendo “defensor das Escrituras Sagradas”.
O governo também busca repatriar os demais envolvidos nos atos que foram para a Argentina depois de 8 de janeiro do ano passado. O ministro Alexandre de Moraes já pediu a extradição do grupo, mas o processo é demorado e não há previsão de quando os acusados serão presos e enviados ao Brasil.