8 de Janeiro: Eduardo Bolsonaro pede à Argentina asilo para foragidos

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu ao governo da Argentina que conceda asilo político aos acusados de participar dos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília e que estão foragidos no país vizinho.

– Peço ao governo da Argentina que possibilite o asilo a essas pessoas que não são terroristas. Essas pessoas estão recebendo penas de prisão de até 17 anos, não são terroristas. Um protesto que foi longe, sim, com certeza, mas se eu sair na rua no Brasil e matar alguém, eu nunca vou pegar 17 anos de prisão – disse Eduardo durante a edição argentina do fórum de direita CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), realizado nesta quarta-feira (4) em Buenos Aires


Durante seu discurso no CPAC, evento que reuniu políticos da ultradireita e da ala mais radical do Partido Republicano dos Estados Unidos, que fundou esse fórum em 1972, Eduardo segurou um pôster com os rostos dos foragidos com a mensagem:

– Liberdade para os presos políticos no Brasil

Segundo o deputado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está “destruindo a vida das famílias” ao congelar contas bancárias e bens dos condenados à prisão domiciliar por quebrarem as tornozeleiras eletrônicas e cruzarem a fronteira com a Argentina.

– Com certeza há boa vontade do governo (argentino), mas aos diretores do Conare (Comissão Nacional para os Refugiados), eu peço, por favor, que analisem os casos desses brasileiros – enfatizou.

Em novembro, o juiz federal argentino Daniel Rafecas pediu à Interpol a prisão de 61 manifestantes foragidos. Dois deles, com mandados de prisão, foram detidos na cidade de La Plata, na província de Buenos Aires.

Antes de participar do CPAC, Eduardo Bolsonaro visitou os detidos, de acordo com relatos nas redes sociais, aproveitando a estada em Buenos Aires.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também disse que “se [o presidente eleito dos EUA, Donald] Trump voltou [ao poder], Bolsonaro também voltará”.

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