A Procuradoria-Geral da República (PGR), através do procurador-geral Paulo Gonet, apresentou, nessa segunda-feira (26), as alegações finais no processo que acusa a jornalista e ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação da ré por diversos crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e dano ao patrimônio público.
De acordo com a PGR, Pâmela teria atuado “como executora material da invasão às sedes dos Três Poderes, ao lado de um grupo que, inconformado com o resultado das eleições presidenciais de 2022, buscava a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a derrubada do governo eleito.”
Entre as provas apresentadas estão vídeos postados pela ex-primeira dama do estado em sua conta no Instagram, no dia da invasão, com frases como: “Indo à luta!!!”, “Fora comunistas!!! O Brasil é nosso!” e “Dia histórico! Tomamos o Brasil das mãos da quadrilha!!!”. Em uma das gravações, aparece ao lado do filho menor de idade, que afirma estar “fazendo história… tirando o Brasil da mão do comunismo tirano”.
A defesa de Pâmela alegou que ela teria chegado à Praça dos Três Poderes apenas no final da tarde, sem o filho, e negou envolvimento com os atos de depredação. No entanto, o MPF sustenta que os elementos probatórios contradizem essa versão e demonstram sua adesão consciente.