Moraes usa figurinha de WhatsApp como elemento de investigação

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, usou uma figurinha de WhatsApp como elemento para autorizar uma ação contra empresários, cujas mensagens trocadas em um grupo do app teriam teor golpista.


Na decisão, o magistrado alegou que as ações dos empresários representavam “elevado grau de periculosidade” para a sociedade, o que justificou, na decisão do ministro, a determinação para que a Polícia Federal cumprisse mandados judiciais.

Conforme foi relatado algumas vezes aqui no portal Vista Pátria, foram no total de 8 empresários integrantes de um grupo de rede social que viraram alvo da ação, realizada no dia 23. Moraes argumentou que o grupo de empresários compartilhou supostos comentários de teor golpista, em conteúdo exposto pelo portal de Metrópoles na semana passada, falando em algum tipo de ação caso Lula vença as eleições presidenciais deste ano.

“Essas condutas, de elevado grau de periculosidade, se revelam não apenas como meros ‘crimes de opinião’, eis que os investigados, no contexto da organização criminosa sob análise, funcionam como líderes, incitando a prática de diversos crimes e influenciando diversas outras pessoas, ainda que não integrantes da organização, a praticarem delitos”, disse Moraes.

A decisão de Moraes tem ao todo 32 páginas e usou como base as reportagens veiculadas pelo portal Metrópoles. Entre os alvos da operação estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).


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