O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá trabalhar contra a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. A proposta tem a votação prevista para esta semana.
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (3), ele disse que irá atuar junto ao presidente do partido dele, o PL, Valdemar Costa Neto, e com o líder da legenda na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), para que a matéria não seja aprovada.
“Essa reforma tributária é uma pancada no capitalismo e um fortalecimento do socialismo. É aquele comunismo sendo trabalhado a conta-gotas. Esse é um balde de água favorável ao socialismo no Brasil”, disse.
O item do texto mais criticado por Bolsonaro foi a criação de um Imposto Seletivo, que incidiria sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
“Vai aumentar a carga tributária da Coca-Cola, da tubaína, dos açúcares, refrigerantes,a cerveja com toda a certeza”, disse o ex-mandatário.
Ainda segundo Bolsonaro, os impostos da cesta básica vão aumentar “assustadoramente” e “passar de 150%” em algumas regiões. Hoje, o secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, negou que isso vai acontecer.
O ex-presidente também citou pontos que não estão na atual versão do texto da reforma tributária, como a criação de um imposto sobre heranças e a taxação do pix. No momento, nenhum deles está em discussão dentro da matéria.