O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, assume em outubro, a Presidência da Suprema Corte e, em consequência, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por avaliar e punir condutas de magistrados em todo o país. Recentemente, o órgão enrijeceu punições a juristas por manifestações políticas.
Mas, esta semana, Barroso se envolveu em polêmica ao participar de um evento de natureza política, o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), e se incluir em discurso em referência à “derrota do bolsonarismo”. A fala acabou repercutindo de forma negativa.
“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou durante o evento.
O conselho que será chefiado pelo ministro no segundo semestre tem aumentado a atenção a declarações políticas de juízes ao longo dos últimos anos. Há, inclusive, uma norma específica que proíbe magistrados de apoiarem ou criticarem políticos nas redes sociais, aprovada em 2019.