A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi intimada pela Polícia Federal (PF) a depor no inquérito que apura informações prestadas pelo hacker Walter Delgatti, o hacker da Vaza Jato. O depoimento deve ocorrer na semana do dia 12 de setembro.
A deputada é investigada por supostamente contratar o hacker para acessar o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, o hacker afirmou que Zambelli prometeu a ele um emprego na campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
À PF, Delgatti disse que recebeu R$ 40 mil de uma assessora de Zambelli pelo “serviço” e entregou um áudio que comprovaria a contratação. A assessora confirma o áudio, mas nega que o contrato seria para fraude no sistema do CNJ.
O hacker também afirmou ter recebido um total de R$ 40 mil de Zambelli. De acordo com o advogado dele, Ariovaldo Moreira, os pagamentos tinham o objetivo de custear a invasão do CNJ.
A defesa diz ter entregue à PF comprovantes de transferências via Pix no valor de R$ 13.500 feitas por duas pessoas ligadas a Zambelli, e que os demais R$ 26,5 mil foram pagos em espécie. No entanto, a defesa não explicou como e quando esse dinheiro foi entregue.
A deputada foi alvo de busca e apreensão pela PF em 2 de agosto e o hacker foi preso novamente. Carla Zambelli nega que tenha contratado Delgatti para irregularidades e diz que ele foi pago para trabalhar no site dela.
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