Na manhã desta segunda-feira (22) a Arquidiocese de São Paulo recebeu um vídeo que mostra o padre Júlio Lancellotti se masturbando para um menor de idade. A análise dos peritos forenses Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti, em 81 páginas, confirmou a veracidade das cenas.
De acordo com a Revista Oeste, o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), deve se encontrar com o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, para apresentar a denúncia contra Júlio Lancellotti.
O vídeo, apresentado à arquidiocese, será exibido a portas fechadas para os integrantes do colégio de líderes da Câmara Municipal. A próxima reunião está marcada para 23 de janeiro.
O material foi resgatado por parlamentares empenhados em instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs. A CPI visa investigar organizações que atuam no centro de São Paulo, especificamente na região da cracolândia.
O vereador Rubinho Nunes, autor da proposta, acusa as ONGs de formarem uma “máfia da miséria” para explorar os dependentes químicos. Ele alega que essas organizações recebem dinheiro público para distribuir alimentos, kits de higiene e itens para uso de drogas, prática conhecida como “política de redução de danos”.
O requerimento para a instauração da CPI das ONGs teve 25 assinaturas e pretende investigar duas instituições com rigor: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e a Craco Resiste. Ambas focam na população de rua e dependentes químicos no centro da capital. Júlio Lancellotti é ex-conselheiro do Bompar.
Em dezembro, o padre afirmou que não tem poderes para influenciar essas entidades nem possui projetos conjuntos com elas. Em relação ao Bompar, especificamente, declarou que ocupa uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da instituição, do qual se desligou oficialmente há 17 anos.
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