O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a operação realizada nesta quinta-feira (25) contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-SP), descrevendo-a como uma “implacável perseguição”. Durante a manhã, Ramagem foi alvo de mandados de busca e apreensão conduzidos pela Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento em um alegado esquema de espionagem ilegal de autoridades, atribuído à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A declaração foi concedida em uma live transmitida através de uma lista no WhatsApp, onde Bolsonaro compartilhou um vídeo de Ramagem defendendo-se das acusações, gravado no ano passado durante a Operação Última Milha, que originou a ação atual.
Bolsonaro classificou a situação como uma “perseguição implacável” contra seu aliado, conforme relatado ao site Metrópoles.
De acordo com a Polícia Federal, a operação é uma continuação das investigações iniciadas pela Operação Última Milha, desencadeada em 20 de outubro de 2023. As evidências obtidas durante as diligências executadas na época indicam que o grupo criminoso estabeleceu uma estrutura paralela na ABIN, utilizando ferramentas e serviços da agência de inteligência do Estado para atividades ilícitas. O objetivo era produzir informações para uso político e midiático, visando ganhos pessoais e até mesmo interferindo em investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Os investigados podem ser responsabilizados, de acordo com suas participações, por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.
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