A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, teceu elogios ao presidente da Argentina, Javier Milei, e manifestou confiança nos esforços do governo para reformar a economia argentina em crise. Em entrevista ao “Financial Times”, Georgieva destacou a equipe econômica do país e o pragmatismo de Milei como pontos positivos para a superação das dificuldades.
“Até agora, vimos uma boa equipe econômica, um presidente muito pragmático – não confinado ideologicamente, mas buscando maneiras de o país sair dessa dificuldade”, disse Georgieva. A Argentina atravessa a pior crise econômica em duas décadas, com inflação na casa dos três dígitos, escassez de reservas e altos níveis de pobreza.
Milei, eleito com a promessa de um ajuste duro, reconhece a necessidade de medidas como a unificação das taxas de câmbio, a meta de déficit zero e a superação do déficit primário. Georgieva elogiou o foco em políticas que não dependam do financiamento monetário do Banco Central e na proteção social dos mais vulneráveis.
O país sul-americano é o maior devedor do Fundo Monetário Internacional, e seu pacote, originalmente acordado em 2018 e refinanciado em 2022, enfrentou desafios devido a “políticas inconsistentes” do governo anterior, de inclinação progressista. O FMI concordou em estender o programa por três meses, permitindo que Milei tenha mais tempo para atingir as metas estabelecidas.
Na terça-feira (30), o FMI reduziu suas previsões de crescimento econômico para a Argentina em 2024, projetando uma contração de 2,8%. Georgieva enfatizou que o presidente Milei reconhece a necessidade de mais proteção social para os argentinos mais pobres, e expressou apoio contínuo ao povo argentino. A diretora-gerente do FMI elogiou a abertura do presidente e do governo para conselhos e discussões políticas construtivas.
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