Aliado de Maduro confronta Lula e Petro

Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia venezuelana, controlada integralmente pelo PSUV, acusou os líderes dos países, que, apesar de serem aliados de Nicolás Maduro, esboçaram alguma preocupação com o fato de nem todos os candidatos terem sido autorizados a se inscrever nas eleições.

Negando tudo o que aconteceu nos últimos dias, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia venezuelana, controlada integralmente pelo PSUV, disse que os candidatos foram autorizados a inscrever-se e continua acusando Corina Machado.

No que foi lido pelos chavistas como um golpe baixo contra o regime, os governos do Brasil e da Colômbia, pela primeira vez, fizeram críticas a Maduro, que nem sequer permitiu que a candidata escolhida por María Corina Machado para substituí-la se inscrevesse no Conselho Eleitoral Nacional.

Para muitos foi uma surpresa que Lula e Gustavo Petro tenham expressado algum desacordo com as ações de Maduro.

O ditador venezuelano havia se comprometido, por meio dos Acordos de Barbados que abriria um caminho para eleições transparentes. Longe disso, porém, Maduro bloqueou todas as vias para a oposição registrar um candidato de consenso, como a professora Corina Yoris.

A aberta violação dos acordos de Barbados fez com que até Lula e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, ensaiassem uma tímida repreensão.

O presidente brasileiro disse, na quinta-feira, 28 de março, que a não participação de Corina Yoris nas eleições presidenciais venezuelanas é “grave” e Gustavo Petro reagiu à crítica de Maduro na qual acusava de covarde a esquerda que o criticara.

Outro que se referiu ao assunto foi o presidente da França, Emmanuel Macron, que, por ocasião da sua visita ao Brasil, comentou o assunto em uma coletiva da imprensa condenando com muita firmeza a exclusão da opositora de Maduro no pleito eleitoral.

Tudo isto provocou a reação do presidente da Assembleia venezuelana, Jorge Rodríguez, que alegou um suposto plano de assassinato contra Maduro:

“O presidente Petro, o presidente Lula, Mujica, etc. sabem do plano insurrecional e de assassinato aqui revelado pelo principal porta-voz do fascismo em Miami? Seus países aceitariam planos de ataque ao presidente como aqueles que revelamos em inúmeras ocasiões?”

Jorge Rodríguez continuou chamando o partido de Maria Corina Machado de “organização fascista”.

E acrescentou, “Vocês sabiam que a organização fascista Vente Venezuela nunca solicitou o registro como partido político nem houve qualquer nomeação por iniciativa própria? nunca foi inscrito esse partido na CNE nem procurou o registo por iniciativa própria. Já ouviu falar que 100% dos partidos credenciados perante a CNE inscreveram algum dos 13 candidatos, de todo o espectro político, que concorrem à presidência da Venezuela. Ignorância? Medo? Não nos envolvemos nos negócios de ninguém. Enfiem suas opiniões onde elas cabem“.

*Informação O Antagonista


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