Uma tenente da Força Aérea Brasileira (FAB), identificada como Juliene Oliveira, 44 anos, foi detida na tarde de sábado (29/6), após agredir verbalmente uma funcionária da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), na estação Arniqueiras, em Águas Claras.
Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), após a confusão. Juliene tentava acessar a estação sem comprar um bilhete, segundo o documento, para ir a um quiosque na área entre a catraca e a plataforma de passageiros.
Ao ser impedida pela funcionária da estação, porém, a militar teria chamado a empregada pública de “gorda”, “ridícula” e dito que ela “não sabia trabalhar”. Em seguida, a tenente jogou na vítima a cerveja que segurava, segundo a ocorrência.
Seguranças da Metrô-DF deram voz de prisão a Juliene, por desacato a funcionário público. Contudo, antes que conseguissem levar a tenente à delegacia, o marido da militar chegou, apresentou-se como policial e teria tentado dificultar o transporte da esposa à delegacia.
Apesar disso, Juliene acabou detida, mas foi liberada depois de pagar R$ 500 como fiança. Em depoimento à PCDF, ela relatou que “se aproximou do portão de acesso e informou à funcionária […] que gostaria de acessar o local [após as catracas] para recarregar o aparelho celular”, que estava sem bateria. No entanto, o pedido havia sido negado, pois ela não havia comprado um bilhete.
A tenente admitiu ter jogado “cerveja” na vítima, mas alegou “não recordar” de ter proferido injúrias contra a funcionária da empresa. “Eu me dirigi até o metrô pois sabia que, no local, há uma loja de celular, à qual tive acesso outras vezes para compra de produtos. Ao tentar acessar, fui impedida, pois falaram que eu deveria comprar o bilhete, mas não tinha como, pois eu só tinha forma de pagamento pelo celular, [que estava] sem carga. Avisei que faria [o pagamento] assim que o aparelho fosse recarregado. Mesmo assim, a funcionaria foi extremamente ríspida”, alegou Juliene.
“Houve uma discussão, e joguei em direção a ela o líquido que estava em minha mão, o qual não a atingiu. Após essa situação, fui impedida de sair do local, mesmo explicando que todos iríamos à delegacia para expor a situação. Dois seguranças seguraram meu braço, e só consegui sair porque meu esposo chegou. Em momento algum houve injúria, e, sim, desrespeito a minha situação de apenas querer ter acesso a um serviço. Logo após, eu pagaria o bilhete com o celular. Houve excesso por parte dos seguranças do metrô”, completou Juliene.