Recentemente, veio à tona um assunto que provocou bastante discussão no cenário político brasileiro. Segundo informações do Estadão, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve envolvido em uma série de encontros com executivos da Âmbar Energia, grupo pertencente aos irmãos Joesley e Wesley Batista. Esses encontros, que não constam na agenda pública do ministro, foram realizados em circunstâncias que levantam questionamentos importantes sobre a transparência e integridade na gestão pública.
O jornal informa que os eventos que deram origem a essa controvérsia aconteceram no intervalo entre junho de 2023 e maio de 2024, culminando na publicação de uma medida provisória por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de junho, a qual impactou diretamente um negócio da Âmbar na área de energia elétrica e, consequentemente, o bolso dos consumidores brasileiros. Este fato só veio a público graças às informações obtidas através de um pedido realizado pela Lei de Acesso à Informação.
Encontros
Esses encontros, segundo revelado, não foram previamente documentados nas agendas oficial e pública do Ministro Alexandre Silveira. O contato entre o alto escalão do Ministério de Minas e Energia e os executivos da Âmbar precedeu a edição da medida provisória que beneficiou diretamente a empresa dos Batista. Por outro lado, o custo dessa medida foi transferido para todos os consumidores do país, que enfrentarão aumentos nas contas de luz durante os próximos 15 anos.
O que dizem os envolidos sobre os encontros?
O Ministério de Minas e Energia junto à Âmbar Energia alegaram, em respostas ao jornal O Estado de S. Paulo, que as conversas não trataram sobre a medida provisória. No entanto, a falta de informações sobre os conteúdos discutidos nos encontros aumenta a preocupação com a falta de transparência dessas reuniões.
Reações e Consequências dos Encontros Não Registrados
A deputada Adriana Ventura do partido Novo-SP, destacou a falta de transparência e de lisura do processo, apontando as “evidências de repetidas reuniões entre representantes da Âmbar Energia e o Ministério” como um fator preocupante.
Após a repercussão do caso, o ministro Alexandre Silveira descreveu o benefício à empresa dos irmãos Batista como uma “mera coincidência”. Diante das inúmeras críticas e dos indícios apresentados, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi acionada para investigar as negociações envolvendo a edição da medida provisória.