O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a atacar o presidente argentino Javier Milei durante um comício de campanha no estado insular de Nova Esparta, no nordeste da Venezuela. Com as eleições presidenciais se aproximando e o candidato opositor Edmundo González Urrutia liderando nas pesquisas, Maduro usou o evento para criticar Milei, que está em evidência por suas propostas econômicas e políticas.
Maduro, que enfrenta dificuldades eleitorais, chamou Milei de “nazista fascista” e acusou-o de “atacar os trabalhadores”. Ele também fez um apelo a seus seguidores, questionando se eles querem que a Venezuela se torne um “desastre social” como a Argentina sob Milei. Os presentes responderam em uníssono com um “não”.
Na última quinta-feira, Maduro já havia se referido a Milei de maneira similar, chamando-o de “malparido”. Em resposta às declarações do ditador, o governo argentino, através do porta-voz presidencial Manuel Adorni, desqualificou Maduro, dizendo que “palavras de um ditador não merecem análise”, e que ele está “em desacordo com os valores democráticos que defendemos”.
As relações entre Argentina e Venezuela, que foram estreitas durante os governos peronistas de Néstor Kirchner, Cristina Fernández e Alberto Fernández, deterioraram-se desde a chegada de Milei à Casa Rosada em dezembro passado. Milei e Maduro têm tido constantes desentendimentos, refletindo uma crescente tensão diplomática.
Últimas Pesquisas na Venezuela
Neste sábado, véspera do início do período de silêncio eleitoral, as empresas de pesquisa ClearPath e Poder y Estrategia divulgaram os resultados das pesquisas realizadas em julho. Os dados mostram uma ampla vantagem para o opositor González Urrutia, que lidera com 59% das intenções de voto, em comparação com 31% para Maduro. A diferença entre os candidatos chega a 28 pontos, com algumas pesquisas apontando uma diferença ainda maior de 43 pontos.
O apoio a González Urrutia tem aumentado desde abril, quando a vantagem era de 20 pontos. A pesquisa também revelou um alto grau de participação previsto para a eleição de 28 de julho, com a participação estimada em 81%. Em março, 61% dos eleitores registrados haviam expressado uma alta probabilidade de votar; agora, mais de 80% estão empolgados para votar, com apenas 3% confirmando que não participarão.
De acordo com a ClearPath, a participação pode atingir 73%, com um aumento significativo no entusiasmo desde março. O estudo mostrou que 51% dos entrevistados estão “muito animados” para exercer seu direito ao voto.
Com informações da EFE.
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