Dias após dizer publicamente que pediria que o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, se afastasse do comando do partido em razão de acusações de que ele teria relações com figuras do PCC, o empresário Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo, mudou o tom e se posicionou nesta quarta-feira (4) em defesa do dirigente partidário.
Em agenda ao lado de candidatos a vereador no Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista, Marçal disse que Avalanche, que estava ao seu lado, estaria sendo injustiçado e acusou jornalistas de estarem operando um “massacre” contra o dirigente. O empresário também falou em processar os comunicadores que apontarem novas ligações entre Avalanche e o PCC.
– Esse cara não é do PCC. Eu tenho visto o quanto isso tem chateado e atrapalhado a vida dele – argumentou Marçal, negando que esteja mantendo distância de Avalanche e do partido.
A posição de Pablo Marçal nesta quarta-feira difere da que ele apresentou em 26 de agosto, em uma sabatina na GloboNews. Na ocasião, aos ser questionado se não seria possível solicitar o afastamento de Leonardo Avalanche na Executiva Nacional do PRTB, o candidato à Prefeitura de São Paulo se comprometeu a tomar essa iniciativa.
– Eu vou fazer isso. Vou deixar formalizado da minha parte [o pedido de afastamento do Avalanche] – afirmou.
Marçal também disse na ocasião que já havia solicitado informalmente o afastamento de Avalanche, mas o presidente da sigla recusou, alegando que vai “provar sua inocência”.
A polêmica sobre o suposto envolvimento de Avalanche com o PCC surgiu após o jornal Folha de S.Paulo revelar, no início de agosto, um áudio em que o presidente do PRTB teria afirmado manter vínculo com a facção paulista. Avalanche, por sua vez, sempre negou irregularidades e, nesta quarta, negou ser a pessoa que aparece no áudio.