X funciona em wifi e computadores do STF

Nesta quarta-feira (18), a rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) está acessível na rede Wi-Fi do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a CNN Brasil, usuários podem acessar a plataforma por meio do aplicativo móvel conectado à internet fornecida aos funcionários e servidores da Corte.

Além disso, é possível utilizar X nos computadores do STF, que estão conectados à internet via cabo de rede. O STF, quando consultado, informou que não se pronunciará sobre o assunto à emissora.

O acesso à rede social foi relatado por usuários em várias partes do Brasil desde a manhã desta quarta.

No entanto, o bloqueio da plataforma continua em vigor em todo o território nacional.O uso de “subterfúgios tecnológicos”, como VPNs, para contornar a suspensão pode resultar em multas de até R$ 50 mil.

A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) afirmou que o retorno do X para alguns usuários no Brasil foi resultado de uma atualização no aplicativo. Esta atualização dificultou o bloqueio da plataforma no País.

A associação informou em nota que a atualização ocorreu durante a noite e que, atualmente, a rede social utiliza um sistema que associa os endereços IP – identificadores exclusivos de dispositivos na Internet ou em redes locais – ao serviço Cloudflare.

Por sua vez, o Cloudflare torna os IPs dinâmicos e entrelaça os endereços eletrônicos com outros tipos de serviço como bancos e outras plataformas digitais.

“A mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado. Diferente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente. Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços”, diz a Abrint em nota.

A principal dificuldade em bloquear o Cloudflare é que a interrupção do serviço teria um efeito dominó, afetando várias outras plataformas que dependem dessa infraestrutura.

A associação informou que os provedores de internet estão aguardando uma posição da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para definir quais medidas serão adotadas.

Pela manhã, a Anatel iniciou a verificação da situação e, à tarde, reiterou que continua a fiscalização do cumprimento da ordem de bloqueio, com os resultados sendo reportados diretamente ao STF.

O STF se manifestou sobre o retorno do acesso ao X para alguns usuários, lembrando que a plataforma foi suspensa no Brasil no dia 30 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Em nota, a Corte informou que a situação pode ser atribuída a uma instabilidade no bloqueio de algumas redes e que está acompanhando a questão.


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