Nesta terça-feira (25/9), o governo brasileiro confirmou a morte de Ali Kamal Abdallah, um adolescente de 15 anos, em meio aos bombardeios de Israel contra o grupo Hezbollah, na região do Vale de Kelya, no Líbano. O pai de Ali, de nacionalidade paraguaia, também perdeu a vida no ataque. Ambos foram atingidos por um foguete na cidade de Kelya, embora ainda não tenha sido possível determinar a data exata das mortes.
A família, originária de Foz do Iguaçu, Paraná, está recebendo apoio da Embaixada Brasileira, que está em contato com os parentes das vítimas. Este é o primeiro registro de morte de um brasileiro na recente escalada de conflitos na região.
A guerra no Líbano, que se intensificou nos últimos dias, já provocou a morte de 620 pessoas, deixou mais de 2 mil feridos e forçou 10 mil a abandonar suas casas. Diante da crise, a embaixada brasileira emitiu um alerta pedindo que cidadãos brasileiros evitem viagens ao Líbano. Aos que já estão no país, a orientação é deixar o território por meios próprios até que a situação se normalize.
Para aqueles que optarem por permanecer no Líbano, a embaixada recomendou evitar áreas de fronteira, especialmente no sul do país, e seguir as orientações de segurança das autoridades locais. “É fundamental reforçar medidas de precaução em zonas de risco e fronteira”, enfatizou o comunicado oficial.
As autoridades brasileiras ainda estão investigando as circunstâncias exatas das mortes e esperam obter mais informações sobre o caso a partir desta quinta-feira (26), devido à diferença de fuso horário entre Brasília e Beirute.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) já está prestando assistência aos familiares e cuidará dos trâmites relacionados à documentação e ao traslado dos corpos, que será feito por meio da Embaixada do Brasil em Beirute. Em caso de emergência, o Itamaraty disponibilizou um plantão consular que pode ser contatado pelo número +55 (61) 98260-0610 via WhatsApp.