Israel está considerando uma resposta militar ao ataque de mísseis balísticos realizado pelo Irã na terça-feira, que resultou em cerca de 181 mísseis disparados contra o país. As opções incluem atingir infraestruturas estratégicas, como plataformas de gás e petróleo, ou diretamente instalações nucleares iranianas, conforme relataram veículos de comunicação na quarta-feira, citando autoridades israelenses.
Outras possíveis respostas incluem assassinatos seletivos e ataques aos sistemas de defesa aérea do Irã.
Um ataque às instalações petrolíferas iranianas poderia causar um colapso na economia do país. Qualquer uma das ações planejadas pode resultar em uma nova escalada do conflito, quase um ano após o início da guerra que começou em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu planeja convocar uma reunião para discutir as respostas ao ataque. A discussão ocorre após uma longa reunião do gabinete de segurança em um bunker sob Jerusalém, que terminou com a decisão de que Israel reagiria militarmente, embora ainda não esteja claro como isso se dará. Parte da hesitação em definir uma resposta específica deve-se à necessidade de coordenar os planos com os Estados Unidos, com Netanyahu previsto para conversar com o presidente Joe Biden na tarde de quarta-feira.
Após o ataque, Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” e que pagará por isso, prometendo retaliar contra quem atacar Israel. Em abril, o Irã disparou cerca de 300 mísseis e drones contra Israel em resposta a um ataque aéreo que resultou na morte de generais iranianos em Damasco. Especialistas acreditam que, desta vez, Israel pode adotar uma postura mais agressiva, especialmente após o recente fortalecimento das ofensivas israelenses contra o Hezbollah no Líbano.
Autoridades israelenses expressaram preocupações sobre como o Irã reagiria a um possível ataque. Um oficial mencionou a incerteza sobre a resposta do Irã, mas indicou que uma reação contundente poderia levar a uma escalada significativa. Em declarações públicas, ministros israelenses reafirmaram que o Irã se arrependeria de suas ações, enquanto o Ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, destacou que o regime dos aiatolás ultrapassou uma linha vermelha, prometendo que Israel não ficaria em silêncio. O Ministro da Defesa, Yoav Gallant, também enfatizou que aqueles que atacam Israel pagarão um alto preço.
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