O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, expressou insatisfação com a resposta do Congresso Nacional sobre as emendas parlamentares. Segundo o magistrado, a resposta foi inadequada e impede novas deliberações judiciais sobre as emendas de comissão RP 8.
Dino estabeleceu um prazo de 15 dias para que o Congresso forneça informações detalhadas, visando a resolver problemas de transparência e rastreabilidade dessas emendas.
O ministro pautou uma nova audiência de conciliação para 10 de outubro, com o objetivo de discutir a melhoria da transparência das emendas de relator e de comissão. Ele busca informações sobre as ações que cada Poder está adotando para enfrentar os problemas identificados até agora.
O ministro enfatizou a necessidade de cumprir a determinação sobre a apresentação de informações referentes às destinações ou alterações de recursos de RP 8 no ano de 2024.
Exigências para o Congresso
Ele alegou que, como o Poder Legislativo apresentou apenas parte das informações sobre o uso ou alteração de recursos de RP 8 em 2024, será novamente solicitado que sejam entregues documentos como atas de comissões, ofícios dos presidentes e parlamentares, ou outros registros equivalentes.
Dino questionou os Três Poderes, pedindo explicações sobre as ações para garantir total transparência e controle das emendas de comissão no orçamento de 2025.
Ele também perguntou como os sistemas do Legislativo estão sendo ajustados para registrar o nome do parlamentar responsável por cada destinação específica.
Dino também solicitou esclarecimentos ao Executivo
No que diz respeito ao Executivo, Dino pediu detalhes sobre as emendas que apresentam plena rastreabilidade e quais mecanismos estão sendo implementados para assegurar a transparência necessária no Portal da Transparência.
A audiência de conciliação, agendada para outubro, visa discutir dúvidas sobre o processo e estabelecer compromissos claros entre o Executivo e o Congresso em relação ao tema.
Durante a reunião, espera-se que sejam apresentadas propostas de reestruturação e reorganização das emendas para o exercício financeiro de 2025, com foco em melhorar a transparência e rastreabilidade.
Representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), das advocacias do Senado e da Câmara, bem como da Procuradoria-Geral da República e do partido Psol, que entrou com a ação contra as emendas, deverão participar da reunião.