Cíntia Chagas pede prisão do ex-marido, deputado Lucas Bove

A defesa da influenciadora Cíntia Chagas protocolou na Justiça de São Paulo, na última quinta-feira (17), um pedido de prisão contra o ex-marido dela, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP). De acordo com a advogada Gabriela Mansur, que representa Cíntia, o parlamentar estaria descumprindo medidas cautelares impostas no processo no qual ele é acusado de violência doméstica.

A defesa de Cíntia diz que, de acordo com uma determinação judicial, o deputado não poderia ter se manifestado direta ou indiretamente sobre o caso. Nas últimas semanas, Bove comentou a situação na tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e também em uma publicação nas redes sociais na qual disse que “jamais encostaria a mão para agredir uma mulher”.


– Jamais esperava isso de quem tanto amei e cuidei. Para começar: Eu jamais encostaria a mão para agredir uma mulher. Em nome do engajamento, ignoram a cronologia dos fatos, selecionam maldosamente trechos descontextualizados e inúmeras outras inconsistências que, para quem estava dentro da situação, são claras – escreveu Bove no dia 10 de outubro.

Além das manifestações de Bove, prints com reproduções de trocas de mensagens entre Chagas e o ex-marido vazaram e foram publicados por vários veículos de imprensa. Diante desse quadro, a advogada da influenciadora também solicitou instauração de inquérito policial contra o parlamentar pelo crime de desobediência.

A defesa do deputado, por sua vez, classificou o pedido de prisão como “absolutamente incabível” e disse que Bove “não infringiu nenhuma medida protetiva”. O advogado do político também negou que ele tenha vazado qualquer informação do processo para a imprensa ou terceiros.

– Ele não publicou nada ofensivo, mas aguarda o pedido feito ao seu favor, de que ela [Cíntia Chagas] seja proibida de se manifestar – declarou o advogado Daniel Bialski.

Vice-líder do PL na Alesp, Lucas Bove também é alvo de um pedido de cassação protocolado na Casa por parlamentares mulheres do PT e do PSOL. Elas pedem o fim do mandato do deputado estadual por violência doméstica.

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