Abner Dantas quebrou o silêncio após fazer piada com as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. O humorista se “afogando” para divulgar alguns em Canoas e Novo Hamburgo, nos dias 27 e 28 deste mês, respectivamente. No entanto, o deboche com a tragédia não caiu bem e as apresentações foram canceladas.
“MonArbner em mais um episódio de: Tentando acabar com a própria carreira! [risos]. Literalmente, não foi a piada mais engraçada que já fiz, mas talvez tenha sido uma das mais importantes”, disse nas redes sociais.
Abner continuou: “Boa ou não, eu defendo até o final a liberdade que o comediante tem de tentar e fazer a piada, assim como defendo o direito de quem não gostar de ir lá e opinar”.
Mas, Dantas não se conformou. O comediante repudiou o cancelamento, fazendo uma comparação como se fosse um delinquente. “Porém, a tentativa de cancelar um comediante como se ele tivesse cometido um crime é absurda”, criticou.
Revoltado, Abner Dantas explicou que costuma ironizar catástrofes como a que assolou o Sul do Brasil em abril e maio deste ano, afetando mais de 2,4 milhões de pessoas, sendo mais de 4 mil desalojadas, 38 desaparecidas, mais de 800 feridas e 173 mortos:
“Já fiz piada sobre o mesmo assunto na própria cidade e, também, sobre outras tragédias, e riram! Quando começamos a pesar na balança: ‘essa piada pode, essa não’, ‘essa situação pode zoar, essa não’, acabamos sendo injustos com a dor dos outros. Na dúvida, EU ZOO A DOR DE TODOS IGUALMENTE”, ponderou.
O ator ainda revelou ter sido vítima de ataques de ódio: “Quando um comediante faz uma piada, a intenção é sempre buscar o riso, mesmo que ele não acerte. Já quando jornalistas fazem ameaças ou insinuam violência como ‘retratação’, a intenção é puramente maldosa, assim como os comentários e mensagens racistas”.
Por fim, Abner Dantas enfatizou que vai continuar defendendo a alegria e os artistas que levam o riso para as pessoas. “Continuaremos defendendo a comédia. E aos comediantes, não precisam me agradecer!”, finalizou.