Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, anunciou que as forças especiais dos EUA no noroeste da Síria mataram o principal líder do grupo terrorista ISIS, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, na quinta-feira (03/02). No ataque, 13 pessoas também morreram, incluindo mulheres e crianças.
“Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, removemos Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, líder do ISIS, do campo de batalha”, disse Biden no comunicado.
Equipes de resgate conhecidas como Capacetes Brancos e a Defesa Civil Síria relataram que 13 civis também foram mortos no ataque, incluindo seis crianças e quatro mulheres. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, também confirmou o número de mortos.
Esta operação ocorreu após uma série de ataques do grupo terrorista na região nas últimas semanas e, de acordo com a Associated Press, foi o maior ataque desde o que matou o líder do ISIS Abu Bakr al-Baghdadi em 2019 durante o governo Trump.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, havia dito anteriormente em um breve comunicado que a operação de contraterrorismo havia sido “bem-sucedida” sem baixas norte-americanas.
Helicópteros dos EUA teriam circulado uma casa na província de Idlib, no noroeste da Síria, controlada pelos rebeldes, e homens das forças de segurança usaram megafones para pedir que mulheres e crianças deixassem a área.
Após o ataque, o segundo andar da casa foi completamente destruído e, segundo moradores locais, os corpos das pessoas que morreram após o ataque foram espalhados pelo local.
“Os primeiros momentos foram aterrorizantes, ninguém sabia o que estava acontecendo”, disse Jamil el-Deddo, morador de um campo de refugiados próximo. “Estávamos preocupados que pudesse ser um avião sírio, que trouxe de volta memórias das bombas de barril que eles costumavam jogar sobre nós.”
Nos últimos meses, as forças especiais dos EUA realizaram várias operações contra alvos jihadistas dentro e ao redor de Idlib. Idlib também abriga campos para famílias deslocadas pelo conflito que sofrem há uma década.
Segundo analistas, os jihadistas usam a região como esconderijo entre os civis.
A região, administrada principalmente pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham de ex-membros da al-Qaeda na Síria, é o mais recente enclave a se opor ativamente ao governo do presidente Bashar al-Assad.
Segundo autoridades norte-americanas, o objetivo dos EUA por alguns anos em todas essas operações é desmantelar uma célula secreta conhecida como grupo Khorasan, que planeja ataques externos, segundo indicou a agência AP.
*Com informações da Bles