A Justiça do Tocantins decidiu manter a prisão preventiva do ex-governador do Estado Mauro Carlesse (Agir-TO), depois de audiência de custódia realizada neste domingo, 15.
As bases da decisão foram suspeitas de que Carlesse planejava uma fuga internacional, além de enfrentar diversas acusações de corrupção. A 3ª Vara Criminal de Palmas emitiu o mandado, enquanto equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Tocantins, cumpriram a ordem.
Carlesse governou o Tocantins de 2018 a 2021, antes de ser afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para evitar um processo de impeachment, ele renunciou ao cargo
Investigações contra Mauro Carlesse
As investigações contra Mauro Carlesse incluem as Operações Hygea e Éris. Elas apuram fraudes em contratos públicos, propinas no plano de saúde dos servidores estaduais e o uso indevido da Polícia Civil.
O ex-secretário de Parcerias e Investimentos do Estado e sobrinho de Carlesse, Claudinei Aparecido Quaresemin, também teve prisão preventiva decretada. Ele já estava preso desde o dia 10 de novembro, em razão a outro mandado relacionado a uma operação da Polícia Federal.
Prisão de Claudinei Aparecido Quaresemin
Quaresemin sofre acusações de facilitar a obtenção de documentos internacionais para Carlesse, como uma identidade uruguaia e um passaporte italiano. Além disso, ele também teria aberto contas bancárias no exterior.
Em 23 de abril deste ano, ele enviou a Carlesse uma foto da carteira de identidade uruguaia, com data de emissão no começo daquele mês.
Já em 4 de junho de 2024, outra mensagem sugere que o pedido de residência permanente de Carlesse no Uruguai havia sido aprovado em maio. Tais ações corroboram ao entendimento de possível plano de fuga e estabelecimento de uma nova vida fora do Brasil.