As forças de Israel fizeram novos ataques à Síria na madrugada desta segunda, 16 (no horário local). Um dos disparos explodiu a principal base naval da Rússia no país, localizada no Porto de Tartus, em área sob o controle da ditadura de Bashar al-Assad, derrubada há uma semana.
Desde que Assad foi expulso, Tel-Aviv tem alvejado o que chama de arsenal estratégico da Síria, que inclui depósitos de armas convencionais e químicas e lançadores de mísseis balísticos. O governo israelense teme que os radicais islâmicos que tomaram o poder em Damasco venham a usar essas armas contra o Estado judeu.
A explosão em Tartus ocorreu nas primeiras horas da madrugada desta segunda (domingo à noite no Brasil). O grau de devastação sugere o uso de bombas projetadas para destruir bunkers contra depósitos subterrâneos das forças sírias.
Sismógrafos registraram um tremor equivalente a um pequeno terremoto de 3 graus na Escala Richter, de acordo com o relato do Observatório Sírio dos Direitos Humanos. O relato da instituição caracteriza o ataque desta segunda-feira como o maior já feito por Israel a Tartus desde o início da guerra civil síria, em 2011.
Nas redes sociais, o enorme cogumelo de fumaça e a onda de choque geraram especulações sobre uma possível explosão nuclear, mas não foi esse o caso, embora Israel possua 90 bombas nucleares. Detalhes da explosão ainda são escassos, mas, segundo relatos iniciais de blogueiros militares russos, o ataque foi previamente comunicado por Tel-Aviv a Moscou.