O boletim médico mais recente de Juliana Leite Rangel, a jovem de 26 anos que foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto ia para a casa de parentes celebrar o Natal, indicou que ela está “sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis” e que está respirando sem necessidade de ventilação mecânica. O documento foi divulgado neste domingo (5).
Ainda de acordo com a equipe médica, Juliana tem melhorado progressivamente a cada dia. Do ponto de vista neurológico, a jovem está lúcida e recuperando as funções cognitivas e motoras. Ela segue em terapia intensiva, mas ainda não há previsão de alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Neste domingo, a mãe de Juliana, Deyse Rangel, destacou que a filha tem se comunicando com os olhos e disse que ela conseguiu até pedir para tomar um refrigerante.
– Os médicos falam que ela está tendo uma recuperação boa, eles estão até surpreendidos com a melhora dela. Hoje a Juju já estava se comunicando com os olhos, a gente perguntava e ela piscava concordando. Ela também está fazendo gestos com a boca, então conseguimos conversar com ela. Hoje ela teve coragem até de pedir para tomar refrigerante, acredita? – declarou a mãe.
SOBRE O CASO
Juliana e familiares estavam em um carro a caminho de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando o veículo foi alvejado por agentes da PRF. Junto com ela estavam o pai Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, baleado na mão esquerda, a mãe Deyse Rangel, de 49, e o irmão mais novo, de 17 anos, a namorada dele e um cachorrinho.
Ao comentar o caso, a PRF declarou que a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apurar os fatos relacionados à ocorrência e afirmou que os agentes envolvidos foram afastados “preventivamente de todas as atividades operacionais”.
