O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que estava considerando retomar o consumo de bebidas alcoólicas quando fez o exame que detectou uma piora no acúmulo de líquido no cérebro, o que o levou à mesa de cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no início de dezembro.
O petista contou que, ao bater a cabeça no Palácio da Alvorada, temeu pela própria vida, mas estava otimista antes de realizar a ressonância magnética.
“Fiz 5 ressonâncias magnéticas, eu estava tão otimista no dia em que fui fazer a 6ª que eu tava pensando até em tomar um gole. Porque eu tava sem beber até então. Quando eu fui fazer o meu exame, aí eu descobri que eu estava pior do que no começo. Ou seja, o líquido tinha saltado de 0,6% para 21% na cabeça e era muito perigoso”, disse nesta quarta-feira (08) em seu discurso durante evento de 2 anos do 8 de Janeiro, no Palácio do Planalto.
Em discurso, Lula listou diversos momentos recentes em que temeu pela própria morte, mas “escapou”. Ele lembrou, entre as situações, o plano investigado pela Polícia Federal para assassiná-lo e o episódio em que passou cinco horas sobrevoando o aeroporto da Cidade do México devido a uma pane em seu avião.
Lula também compartilhou uma experiência vivida em sua chegada a São Paulo, onde, ao ser levado para a cirurgia, os médicos ficaram “horrorizados”.
Segundo o presidente, eles temiam que ele pudesse morrer durante a viagem ou entrar em coma. Ele acrescentou que, para retornar a Brasília, teve que aguardar “democraticamente” por quatro horas até que o avião presidencial chegasse.
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