O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que um acordo entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023 está “muito próximo”, com os avanços das negociações indiretas nos últimos dias.
“Estamos muito perto de conseguir”, declarou em uma entrevista à Newsmax. “Eles têm que conseguir. Se não o fizerem, haverá muitos problemas, como nunca viram antes”, alertou, aparentemente dirigindo uma advertência ao grupo islâmico palestino.
Trump confirmou que as partes “se deram as mãos” e que “estão em processo de finalização” do acordo. Ele também mencionou que o pacto poderia ocorrer “talvez no final desta semana”, mas fez questão de ressalvar que “ainda tem que acontecer”.
O magnata republicano, vencedor das eleições presidenciais de novembro de 2024, lamentou que “muitas pessoas tenham morrido” no conflito e criticou o fato de que os reféns estão “há muito tempo” vivendo em condições precárias em Gaza.
“Isso não teria acontecido se eu fosse presidente”, afirmou, direcionando uma nova crítica ao atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. “O Irã não tinha dinheiro para dar a eles, o Irã estava arruinado, essencialmente. Agora (Teerã) tem muito dinheiro, embora tenha sofrido danos nos últimos meses”, completou.
Trump também se referiu aos golpes sofridos pelo Irã devido à desestabilização das lideranças do Hamas e do grupo militante xiita libanês Hezbollah, em razão das ofensivas militares de Israel, além da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, após uma ofensiva de jihadistas e rebeldes.
O próprio Biden mencionou na segunda-feira que está “muito perto” de se alcançar um acordo entre Israel e o Hamas. “Na guerra entre Israel e o Hamas, estamos prestes a (conseguir) que a proposta que fiz há meses finalmente dê frutos”, afirmou.
Os enviados especiais de Biden para o Oriente Médio, Brett McGurk, e de Trump, Steve Witkoff, estão em visita à região e mantêm contatos com os principais atores com o objetivo de alcançar um acordo.
O Exército israelense iniciou uma ofensiva contra o enclave após os ataques de 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortos e aproximadamente 250 sequestrados. As autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, denunciaram até o momento cerca de 46.600 mortos, além de mais de 800 palestinos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças israelenses ou em ataques de colonos.
(Com informações da EP)
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