A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (22) quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por suspeita de interferência no segundo turno das Eleições de 2022. As investigações apontam que a corporação teria organizado blitze em regiões do interior do Nordeste com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores às urnas. Entre os indiciados estão Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações da PRF, e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de Inteligência.
A investigação ganhou força em agosto de 2024, quando o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, também acusado no caso, foi indiciado pela PF. Vasques chegou a ser preso preventivamente por quase um ano. De acordo com os investigadores, um “mapa de calor” que indicava áreas com maior concentração de votos no primeiro turno para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi utilizado para definir os pontos de bloqueio.
Além de Moura e Alcântara, os outros indiciados desta nova etapa são Luis Carlos Reischak Júnior, ex-diretor de Inteligência da PRF, e Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-coordenador de Inteligência. A PF afirma que essas ações coordenadas partiram de ordens estratégicas e que o bloqueio direcionado teria como alvo o eleitorado nordestino.
Anteriormente, a PF já havia solicitado o indiciamento de outras figuras centrais, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça. Todos são suspeitos de orquestrar ações para restringir o direito de voto na região Nordeste durante as eleições.
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