A defesa do ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, enviou a resposta sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal federal (STF) nesta sexta-feira (7), dizendo que a suposta tentativa de golpe de Estado é “ilógica e fantasiosa”.
– A fantasiosa acusação lançada pela PGR não será capaz de manchar a honra e a trajetória de vida do Gen. Braga Netto – diz o documento.
Os advogados do militar também contestam sua prisão, realizada em 14 de dezembro de 2024, classificando-a como injusta. Braga Netto foi preso por supostamente ter tentado obter acesso ao conteúdo da delação de Mauro Cid.
A falta de acesso a todas as provas também foi citada na resposta, onde a defesa diz que há um processo de dificultar a atuação dos advogados. Eles também pede para que o acordo de delação premiada de Cid seja anulado. O mesmo pedido foi feito pela defesa de Jair Bolsonaro.
– Apesar de o colaborador negar qualquer irregularidade, considerando seu interesse em manter hígidos os benefícios de seu acordo, sua fala na audiência justamente designada para averiguar a voluntariedade de sua delação traz um relato de nítida coação – diz o pedido da defesa do ex-ministro.
A falta de provas que possam ligar Braga Netto como comandante dos demais envolvidos no suposto plano de golpe de Estado também é citada pelos advogados.
– A denúncia falha inclusive em demonstrar concretamente uma real ligação do Requerente com aqueles que seriam seus “subordinados” na complexa organização criminosa. Embora a acusação tente atribuir ao Gen. Braga Netto uma posição de liderança, é incapaz de narrar quais seriam os atos que teriam sido, em tese, praticados pelo Requerente com finalidade de dirigir e comandar as supostas ações golpistas.
Após receber as respostas dos 34 denunciados pela PGR, o ministro Alexandre de Moraes pode marcar o julgamento para analisar a denúncia na Primeira Turma do STF. Os cinco ministros poderão aceitar ou rejeitar a denúncia. As informações são do R7.