O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) entrou com duas ações na Justiça contra Gustavo Gayer (PL-GO) na segunda-feira (17.mar.2025). As medidas foram motivadas por postagens do parlamentar bolsonarista no X (antigo Twitter), nas quais mencionava Lindbergh, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes do Congresso, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Na queixa-crime protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), Lindbergh acusa Gayer de calúnia e difamação, solicitando a aplicação do triplo da pena devido ao alcance das publicações nas redes sociais. Já na representação criminal enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), o deputado pede que Gayer seja proibido de utilizar suas redes sociais e que o Ministério Público investigue sua conduta.
As postagens que motivaram as ações faziam referência ao discurso de Lula durante a posse de Gleisi Hoffmann na SRI, em 12 de março. Na ocasião, o presidente afirmou ter colocado uma “mulher bonita” no cargo para facilitar as relações institucionais.
Em resposta, Gayer escreveu: “Me veio a imagem da @gleisi, @lindberghfarias e o @davialcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!”. Em outra publicação, mencionou diretamente Lindbergh: “E aí, @lindberghfarias. Vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta como um cafetão oferece uma GP?? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe e você vai ficar calado??”.
As postagens foram posteriormente apagadas por Gayer, que alegou ter excluído uma das mensagens antes mesmo de saber das possíveis ações judiciais. Lindbergh reagiu chamando o deputado de “canalha, vagabundo e assassino” em suas redes sociais.
O caso também pode ganhar desdobramentos no Congresso. Davi Alcolumbre estuda levar a questão ao Conselho de Ética da Câmara. Até o momento, uma das publicações de Gayer ainda permanecia no ar.
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