O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu trocar o comando da Polícia Militar do Estado após meses de pressão por causa do aumento de casos de violência envolvendo policiais.
A mudança será feita de forma negociada. O atual comandante-geral da PM, coronel Cassio Araújo de Freitas, irá se aposentar, permitindo uma transição considerada mais suave dentro da corporação.
A decisão ocorre em um momento de desgaste da imagem da Polícia Militar diante da opinião pública, após sucessivos episódios de uso excessivo da força, que acirraram o debate sobre a atuação da segurança pública no estado.
Pelas regras da corporação, um coronel pode permanecer na patente por até cinco anos, prazo que se encerraria para Freitas em fevereiro de 2025, já que ele recebeu o posto em 2020. No entanto, por estar no cargo de comandante-geral, ele poderia permanecer além desse limite.
A escolha do substituto ainda não foi oficializada, mas a expectativa é de que o novo nome traga um perfil mais alinhado com a necessidade de reduzir a letalidade policial sem comprometer o discurso de firmeza na segurança defendido por Tarcísio.
A troca também sinaliza um possível reposicionamento do governo paulista em relação ao controle da violência policial, tema que se tornou mais sensível diante das repercussões nacionais e internacionais de casos recentes envolvendo ações da PM.
