O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (6) que a decisão sobre o candidato à Presidência em 2026 será tomada por Jair Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o governador descartou qualquer intenção de concorrer ao Planalto, reafirmando seu compromisso com a reeleição ao governo estadual.
Tarcísio manifestou otimismo quanto ao retorno da elegibilidade de Bolsonaro, atualmente impedido de disputar eleições até 2030, declarando confiar no sistema judiciário brasileiro. Contudo, enfatizou que o futuro político do ex-presidente será determinante no processo eleitoral vindouro: “Ele quem vai ser o condutor desse processo”, asseverou.
A inelegibilidade de Bolsonaro não tem impedido que o nome de Tarcísio seja ventilado como possível candidato à Presidência por setores do centro e aliados do ex-presidente. Apesar das especulações, o governador paulista tem mantido o discurso de priorizar a gestão de São Paulo, expressando satisfação com o cargo que ocupa: “Já estou em um lugar que nunca imaginei estar. A minha mãe era empregada doméstica e eu sou governador do estado de São Paulo”, compartilhou.
Uma recente pesquisa da Paraná Pesquisas apontou Tarcísio na liderança das intenções de voto para o governo estadual, com uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre o segundo colocado, Geraldo Alckmin. O governador celebrou o resultado positivo, mas ressaltou que as decisões de seu governo são pautadas no compromisso com São Paulo, e não em pesquisas: “Nossa decisão está sendo influenciada pela vontade e pelo compromisso que a gente tem com o estado de São Paulo”, garantiu.
Olhando para o cenário político futuro, Tarcísio acredita que o grupo de Bolsonaro tem potencial para ser competitivo nas eleições, desde que haja organização política. “O movimento é fundamental”, frisou, indicando que a definição de um representante deve ocorrer até o início do próximo ano. Durante a entrevista, o governador também teceu críticas à atual gestão federal, avaliando que o Brasil segue um “caminho muito mal” do ponto de vista fiscal, com potenciais consequências econômicas negativas para o país