Alckmin rebate críticas ao crédito consignado; confira

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, respondeu nesta segunda-feira (12) às críticas feitas ao programa de crédito consignado CLT durante o APAS Show 2025, maior feira do setor de supermercados, realizada em São Paulo (SP). As declarações do ministro foram uma resposta direta ao presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, que criticou o novo modelo de crédito.

Alckmin defendeu que o objetivo do programa não é aumentar o endividamento, mas sim melhorar a renda dos trabalhadores. “O objetivo não é aumentar endividamento, mas melhorar sua renda. Muito trabalhador está pagando 50%, 60%, 70% de juros ao ano. Ele que pagava R$ 600, vai pagar R$ 320, então vai sobrar R$ 280 para consumir, ter poupança. O objetivo é melhorar a renda dos trabalhadores, mas vou levar a preocupação com endividamento”, afirmou o presidente em exercício.

A crítica de Galassi, feita minutos antes da fala de Alckmin, foi enfática. O presidente da Abras chamou o novo modelo de consignado de “absurdo” e afirmou que “os bancos tomaram 30% dos salários dos nossos colaboradores”, acrescentando que o programa “precisa ser parado neste momento.”

Além das críticas ao crédito consignado, Alckmin também abordou o impacto das apostas online (bets) na economia brasileira. O presidente em exercício destacou que o governo atual foi responsável por regulamentar a atividade. “Começou por regulamentar, limitar atuação, tributar. Vou levar preocupação de que precisa de um maior aperto sobre essa questão”, afirmou, referindo-se à necessidade de mais fiscalização sobre o setor.

Alckmin também discutiu a questão da empregabilidade, informando que cerca de 5 milhões de pessoas já saíram do Bolsa Família devido ao aumento da renda, e comentou sobre a proposta do governo de isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5.000 por mês, assegurando que a medida não causará “nenhum desequilíbrio fiscal”.

Ao abordar a reforma tributária, o ministro ressaltou as expectativas de que a reforma trará benefícios significativos para a economia. Ele destacou a desoneração total de investimentos e exportações e afirmou que a redução de impostos sobre a importação e a isenção de impostos sobre exportações deverão contribuir para a redução do “Custo Brasil”, estimando uma economia de R$ 40 bilhões por ano com a mudança. “Não aumentamos imposto de exportação e baixamos imposto de importação”, finalizou.


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