O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu nesta quinta-feira (15) rumores sobre um possível aumento no valor do Bolsa Família. Segundo ele, não há qualquer discussão dentro do governo federal sobre um incremento no orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A declaração do ministro visa esclarecer informações que circularam no mercado financeiro sobre uma suposta intenção do governo Lula de elevar o benefício para R$ 700 mensais a partir de 2026.
Haddad classificou a informação como “não verdadeira” e anunciou que a equipe econômica apresentará ao presidente Lula um conjunto de medidas “pontuais” para equilibrar as contas públicas. O ministro, no entanto, não detalhou quais seriam essas medidas nem o impacto fiscal esperado, prometendo o anúncio para a próxima semana.
A apresentação das medidas, inicialmente prevista para esta quinta-feira, foi adiada devido à viagem de Lula ao Uruguai para o funeral do ex-presidente José “Pepe” Mujica. “São medidas pontuais para o cumprimento da meta fiscal, como nós fizemos ano passado. Em julho do ano passado, nós tomamos uma série de medidas para o cumprimento da meta. Este ano também nós estamos identificando onde estão alguns gargalos, alguns problemas, tanto do ponto de vista da despesa quanto da receita, e vamos apresentar para o presidente”, explicou Haddad.
O ministro disse que as medidas não serão de “escala”, indicando um impacto fiscal limitado. O objetivo principal é assegurar o cumprimento da meta fiscal do governo, que estabelece um resultado primário correspondente a 0% do Produto Interno Bruto (PIB).
Ao ser questionado sobre um possível aumento no orçamento do MDS, Haddad foi enfático: “Não tem demanda, estudo, pedido de orçamento para o MDS. Zero. Não está em cogitação, o orçamento do MDS é esse que está consignado. Não há da parte do MDS pressão sobre a área econômica para absolutamente nenhuma iniciativa nova. E isso vale para os demais ministérios também. Não há demanda de espaço fiscal para projetos novos”, declarou.