O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da delegada da Polícia Federal (PF) Marília Ferreira de Alencar para que seus advogados participem do interrogatório do ex-ministro da Justiça Anderson Torres a partir de segunda-feira (9/6).
Marília é ré na ação penal que apura a suposta trama golpista e integra o núcleo 2 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e acolhida pela Primeira Turma do Supremo.
Os advogados da delegada solicitaram a participação no interrogatório sob o argumento de que, segundo a própria denúncia, Marília e Torres teriam utilizado indevidamente a estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de ambos ocuparem cargos na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) durante os atos golpistas de 8 de Janeiro.
“Como se observa da narrativa da exordial, os pretensos fatos imputados à requerente e ao denunciado Anderson Torres nos supracitados eventos são intimamente ligados, principalmente pela relação profissional existente entre eles. Ou seja, embora os denunciados tenham sido organizados em núcleos distintos e submetidos a processos autônomos a partir do recebimento da denúncia, a comunhão probatória e a possível relevância recíproca das provas produzidas em cada um dos feitos são incontestes”, afirmaram os advogados em petição apresentada nesta sexta-feira (6/6).