O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta segunda-feira (10) a uma série de interrogatórios na ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. As oitivas presenciais estão previstas para se estender até o dia 13 de junho.
O primeiro a ser ouvido é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), homologado pelo STF. Por ser réu delator, Mauro Cid abre a sequência de depoimentos, que seguirá em ordem alfabética.
O cronograma prevê sessões diárias, iniciando às 14h e podendo se estender até as 20h. Caso não seja possível concluir todos os depoimentos em um único dia, as oitivas prosseguirão nos dias subsequentes, conforme calendário divulgado pela Corte:
- 10 de junho – 9h às 20h
- 11 de junho – 8h às 10h
- 12 de junho – 9h às 13h
- 13 de junho – 9h às 20h
Além de Mauro Cid, estão na lista de réus a serem interrogados o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; o próprio Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, ambos ex-ministros da Defesa.
Walter Braga Netto será ouvido por videoconferência, já que está preso desde 14 de dezembro no Rio de Janeiro e não poderá comparecer pessoalmente.
Por medidas cautelares impostas pelo STF, os réus estão proibidos de manter contato entre si durante os interrogatórios, embora o ministro Alexandre de Moraes tenha autorizado que possam se cumprimentar. Cada réu terá um espaço reservado na sala da 1ª Turma para garantir o cumprimento dessas regras.