Gleisi Hoffmann critica alta dos juros, mas evita citar Galípolo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quinta-feira (19) a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (Selic) de 14,75% para 15% ao ano. A alta de 0,25 ponto percentual foi anunciada na quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e gerou reações negativas dentro do governo.

Nas redes sociais, Gleisi classificou a decisão como “incompreensível”, destacando que o cenário atual da economia não justificaria a elevação da taxa. “No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, escreveu a ministra em seu perfil no X (antigo Twitter).

Apesar da crítica, Gleisi não mencionou diretamente o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem outros nomes ligados ao atual governo. A decisão de aumentar a Selic foi unânime, e hoje a maioria dos membros do Copom é composta por indicados da atual gestão.

Gleisi, que é uma das principais articuladoras políticas do governo Lula, tem sido uma voz constante contra a política de juros adotada pelo Banco Central, inclusive desde a gestão anterior, sob o comando de Roberto Campos Neto.


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