Um ataque hacker ocorrido na tarde de segunda-feira (1º) resultou no roubo de mais de R$ 1 bilhão em ativos de instituições financeiras como BMP, Bradesco e Credsystem. A invasão atingiu os sistemas da C&M Software, empresa autorizada e supervisionada pelo Banco Central do Brasil (BC), que fornece infraestrutura tecnológica para acesso a serviços como Pix, TED e DDA.
O Banco Central confirmou o ataque, mas ainda não divulgou o valor oficial do prejuízo. A instituição informou que a C&M comunicou a violação em sua infraestrutura e, como medida de segurança, determinou o desligamento do acesso das instituições financeiras às plataformas operadas pela empresa.
Segundo informações do portal Brazil Journal, o prejuízo pode chegar à casa de R$ 1 bilhão. Já o site Cointelegraph informou que, após o roubo, os hackers iniciaram a movimentação dos recursos para diversas plataformas de criptomoedas que operam com Pix — como exchanges, gateways, sistemas de swap e mesas OTC — com o objetivo de converter os valores em USDT (Tether) e Bitcoin.
Em um dos casos, um dos provedores de criptomoedas teria identificado transações suspeitas de grande volume e bloqueado as operações, impedindo que os valores fossem convertidos e alertando a BMP, uma das instituições mais afetadas pelo ataque.
O Banco Central ressaltou que a própria instituição não foi alvo da ação criminosa. Técnicos do BC realizaram diligências na sede da C&M na noite de terça-feira (2) para apurar a dimensão do ataque. A Polícia Federal também está envolvida nas investigações.
A C&M Software presta serviços para instituições que não possuem infraestrutura própria para se conectar ao Sistema Financeiro Nacional. As investigações seguem em andamento para apurar o montante exato e os responsáveis pelo ataque.