A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (10), por votação simbólica, a Medida Provisória (MP) que concede reajuste salarial de 9% aos militares das Forças Armadas. O texto, que ainda precisa passar pelo Senado até o dia 8 de agosto para não perder validade, contempla militares da ativa, da reserva e também pensionistas.
Segundo o governo federal, o aumento terá impacto de R$ 3 bilhões no orçamento de 2025 e de R$ 5,3 bilhões em 2026. A medida foi fruto de negociações realizadas em 2024 entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
A MP estabelece que metade do reajuste já está em vigor desde abril deste ano, e os 4,5% restantes serão aplicados em 1º de janeiro de 2026. Para os postos de menor patente, como recruta e soldado, a remuneração passou de R$ 1.078 para R$ 1.127 em abril. Com a segunda parcela, esse valor chegará a R$ 1.177. Já nos postos mais altos, como almirante de esquadra, general de exército e tenente-brigadeiro, o salário aumentou de R$ 13.471 para R$ 14.077 e atingirá R$ 14.711 em 2026.
Este é o segundo reajuste concedido aos militares nos últimos anos. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma reestruturação da carreira militar foi aprovada, com gratificações que chegaram a 150%, implementadas em quatro parcelas a partir de 2020 como parte da reforma previdenciária das Forças Armadas.
