O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta segunda-feira (11) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados da oposição que ocuparam o plenário da Casa nos dias 5 e 6 de agosto. Na ação, o parlamentar solicita a instauração de um inquérito criminal para apurar o suposto crime de “abolição violenta do Estado democrático de Direito” cometido pelos congressistas. Além disso, Lindbergh voltou a cobrar que a Mesa Diretora da Câmara suspenda os mandatos dos envolvidos por um período de seis meses.
“O que houve aqui na semana passada foi a continuidade do 8 de janeiro. Foi o 8 de janeiro dos engravatados. É a continuidade da tentativa de golpe. É a mesma coisa o ataque sistemático às instituições. É o que Eduardo Bolsonaro faz de fora do Brasil, se aliando a um país estrangeiro para atacar as instituições, para atacar o Supremo”, declarou Lindbergh Farias em entrevista a jornalistas.
O líder petista também criticou a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que enviou os requerimentos para a suspensão dos deputados envolvidos à Corregedoria da Casa, em vez de encaminhá-los diretamente ao Conselho de Ética. Segundo Lindbergh, essa medida contribui para criar um “clima de impunidade” no Legislativo.
