A Justiça da Paraíba acatou um pedido do Ministério Público (MP) e determinou o bloqueio de acesso do influenciador Hytalo Santos a suas redes sociais, além de proibi-lo de ter contato com menores de idade citados no processo. A decisão, de caráter provisório, investiga a suposta exploração e exposição de menores em vídeos com conteúdo sexual.
Na ação civil pública, a promotora Ana Maria França solicitou que os vídeos de Hytalo fossem desmonetizados, ou seja, que não gerassem retorno financeiro para o influenciador. O pedido foi aceito pela Justiça. O caso também está sendo investigado em outra frente pelo MP de João Pessoa.
A investigação começou após reclamações de moradores do condomínio onde Hytalo Santos vivia sobre a conduta irregular dele com crianças e adolescentes. Segundo a promotora Ana Maria França, as denúncias apontavam que as gravações “se estendendo até tarde e com barulho, muitas dessas filmagens envolvendo bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual”.
A conta de Hytalo no Instagram já estava fora do ar desde a última sexta-feira (8), após uma denúncia do youtuber Felca sobre a exploração de menores. O MP, que não havia solicitado a suspensão inicial, pediu à Justiça que a medida fosse mantida e ampliada para outras redes sociais. A conta de Kamylinha Santos, de 17 anos, que participava dos vídeos e foi adotada por Hytalo aos 12 anos, também foi desativada, por fazer publicidade de casas de aposta sendo menor de idade. O influenciador, que foi ouvido pelo MP em duas ocasiões, negou as acusações.
O Ministério Público da Paraíba, juntamente com o Gaeco, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil, também recomendou à Loteria do Estado (Lotep) a suspensão da autorização da empresa “Fartura Premiações”, ligada ao canal do influenciador, até a conclusão das investigações.
