Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (14/8) o envio de forças militares para a região do Mar do Caribe Meridional, com o objetivo de enfrentar os cartéis de drogas que foram designados como “organizações narcoterroristas” pelo governo americano . A medida, divulgada por fontes da agência Reuters, envolve o uso de unidades aéreas e navais para fortalecer a presença dos EUA na área e responder a ameaças à segurança nacional.
O governo do presidente Donald Trump já havia classificado, em fevereiro, grupos como o Cartel de Sinaloa, o Tren de Aragua (da Venezuela) e outros como organizações terroristas globais . Além disso, nos últimos meses dois navios de guerra americanos foram posicionados na região para apoiar operações de controle de fronteira e combate ao tráfico de drogas.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, ainda não há detalhes oficiais sobre o escopo exato da operação militar, mas a iniciativa é vista como uma etapa mais incisiva da estratégia americana de enfrentamento do narcotráfico . O Pentágono teria sido instruído a elaborar opções operacionais e já intensificou o uso de vigilância aérea para monitorar rotas e bases dos cartéis na região.
A ação dos Estados Unidos ocorre em paralelo a outras frentes de combate ao tráfico, como a contínua cooperação em inteligência e controle migratório na fronteira sul dos EUA . O uso coordenado das forças armadas visa ampliar a capacidade de rastreamento, interceptação e neutralização das redes de narcotráfico.
A iniciativa também serve como uma mensagem clara de comprometimento por parte do governo Trump em conter o fluxo de fentanilo e outras drogas ilícitas, que têm provocado crises de saúde pública nos Estados Unidos. A nova atuação militar demonstra um enfoque mais amplo e multifacetado da política americana, que envolve não apenas medidas policiais e diplomáticas, mas também o emprego de ativos militares.
Apesar da novidade dessa medida, o governo mexicano já havia recusado anteriormente a oferta de tropas americanas em seu território, mantendo sua posição de defender a soberania nacional . Por ora, a operação concentra-se nas águas internacionais do sul do Caribe, sem envolver presença terrestre nas regiões de origem dos cartéis.
*Fontes: CNN Brasil e Reuters
