O caso envolvendo um avião russo sancionado pelo governo dos Estados Unidos, que passou pelo Brasil no início da semana, continua cercado de mistérios. Isso porque o cliente da Aviacon Zitotrans pediu para não ser identificado, segundo informações obtidas pela Metrópoles junto à empresa.
“Nossa companhia aérea opera voos fretados de carga”, informou a assessoria de imprensa. “No entanto, nosso cliente que reservou o voo solicitou que não divulgássemos nenhuma informação comercial relacionada aos seus negócios”.
A aeronave Ilyushin IL-76 decolou de Moscou, na Rússia, em 5 de agosto. O voo passou por Azerbaijão, Argélia e Guiné, antes de pousar no Aeroporto Internacional de Brasília no domingo (10/8).
Segundo a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (Ofac), a empresa é acusada de facilitar o transporte de equipamento militar russo para a Venezuela e países da África — o que viola outras sanções econômicas aplicadas contra a Rússia.
O avião da companhia Aviacon Zitotrans permaneceu em solo brasileiro durante três dias, até decolar rumo à Colômbia. De lá, o voo partiu para a capital da Venezuela, Caracas.
Desde 2023, a Aviacon Zitotrans é alvo de sanções norte-americanas. O avião que passou pelo Brasil, com matricula RA-78765, é uma das quatro aeronaves da empresa sancionadas.