O Palácio do Itamaraty solicitou aos Estados Unidos a emissão de um novo visto para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após a suspensão do visto da esposa e da filha de 10 anos do ministro. A medida é considerada uma retaliação à atuação de Padilha no programa Mais Médicos, há mais de uma década, segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, da BandNews FM.
O governo brasileiro busca garantir que Padilha possa participar da conferência internacional da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da Assembleia Geral da ONU, ambas agendadas para setembro em Nova York. Até o momento, Padilha não confirmou se irá aos eventos.
Pouco antes da suspensão do visto da família, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos de diversos integrantes do governo brasileiro. Segundo Rubio, a medida foi uma resposta à participação de profissionais cubanos no programa Mais Médicos, que ele classificou como um “golpe diplomático inconcebível”, ligado a um esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. Ex-funcionários da OPAS também foram afetados pela decisão.
Para a emissão do novo visto, Padilha pode se valer de acordos internacionais que impedem que o país-sede de escritórios da ONU negue acesso de autoridades participantes aos eventos da organização multilateral. Isso significa que os Estados Unidos não poderiam negar a autorização sem descumprir o acordo internacional.
