Nesta quarta-feira (20/8), começou a abertura da Conferência Sudamericana de Defesa (SOUTHDEC) em Buenos Aires marcou um capítulo histórico na relação entre Estados Unidos e Argentina. O encontro, realizado no Hotel Hilton de Puerto Madero, foi organizado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas argentinas em parceria com o Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), liderado pelo almirante Alvin Holsey.
O ministro da Defesa, Luis Petri, não economizou palavras ao afirmar que o governo de Javier Milei está comprometido com uma aliança firme e duradoura com Washington, algo que, segundo ele, havia sido deixado de lado por administrações anteriores. Petri ressaltou que a Argentina precisa trabalhar ombro a ombro com os EUA para enfrentar ciberataques, economias ilícitas e disputas de soberania, incluindo a questão das Ilhas Malvinas – tema que volta à mesa com mais força neste novo alinhamento.
O almirante Holsey foi direto: alertou para a presença crescente da China na região, denunciando que Pequim está usando investimentos e infraestrutura de uso duplo para controlar rotas marítimas estratégicas, como o Estreito de Magalhães e o Paso Drake. Não foi um recado qualquer, mas uma advertência contundente sobre os riscos da influência comunista no hemisfério.
Já o subsecretário de Defesa dos EUA, Roosevelt Ditlevson, deixou claro que a segurança continental é prioridade para Donald Trump. Ele frisou que a defesa do hemisfério não é apenas uma obrigação americana, mas uma responsabilidade compartilhada, reforçando o papel da Argentina como parceira central nesse tabuleiro.
A conferência conta com representantes de Brasil, Chile, Colômbia, Peru e outros países, além de observadores europeus. No entanto, o que ficou evidente já no primeiro dia é que o eixo Buenos Aires–Washington é o verdadeiro protagonista do encontro. Ao priorizar vigilância marítima e combate ao crime transnacional, Milei e Trump demonstram que estão alinhados de forma inequívoca contra os inimigos comuns da região.
É um movimento que contrasta com anos de política externa fraca e subserviente, onde a Argentina evitava assumir protagonismo. Agora, a parceria com os EUA mostra ao mundo que Buenos Aires voltou a se posicionar no tabuleiro estratégico global.
Alerta em Buenos Aires: Conferência de Defesa expõe ameaça chinesa e fortalece união Milei–Trump
