A Polícia Federal (PF) cumpriu, no início da noite desta quarta-feira (20), um mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação está ligada à PET nº 14129, que investiga uma suposta tentativa de obstrução da Justiça relacionada a uma trama de golpe. Malafaia foi abordado por agentes federais assim que desembarcou de um voo proveniente de Lisboa e foi levado para prestar depoimento nas dependências do aeroporto.
Medidas cautelares e parecer da PGR
Além da apreensão dos aparelhos celulares, o pastor foi alvo de outras medidas cautelares, como a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados. As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal ao STF e contaram com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No parecer, o procurador-geral Paulo Gonet afirma que a PF obteve diálogos e publicações em que Malafaia “aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.
“Impõe-se concluir que estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668 [da tentativa de golpe], em que o ex-presidente figura como réu”, concluiu Gonet.
