O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (21) que vê com preocupação “pessoas sendo investigadas em objeto de ações judiciais simplesmente por fazerem críticas”. O comentário foi feito um dia após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e realizar operação contra o pastor Silas Malafaia.
“Me preocupa um pouco o rumo que as coisas estão tomando, me preocupa um pouco o fato de você ver pessoas sendo investigadas em objeto de ações judiciais simplesmente por fazerem críticas, às vezes eu vejo que isso não faz sentido, então onde é que a gente quer chegar com isso, onde é que o Brasil vai parar, não vejo aí um bom caminho”, disse Tarcísio durante agenda em Marília, no interior paulista.
Mensagens obtidas pela PF mostram que Eduardo Bolsonaro criticou a ideia de que o governador paulista seja o eventual sucessor de seu pai nas eleições de 2026. Em conversa, o deputado afirmou que a “narrativa de Tarcísio te sucedendo, que já há acordo para isto, está muito forte” e ressaltou que seria preciso “segurar” a movimentação, para “nos mantermos vivos aqui”. Eduardo ainda disse que, se o governador de São Paulo “quiser acessar a Casa Branca, ele não conseguirá” e enfatizou que apenas ele e o jornalista Paulo Figueiredo têm acesso ao prédio do governo de Donald Trump.
Durante o evento, Tarcísio defendeu que o material divulgado pela PF se trata de uma “conversa privada, de pai para filho” e afirmou que não vê justificativa para a divulgação das mensagens. “Eu não vou comentar, é uma conversa privada de pai para filho, é uma questão que só interessa aos dois e eu não sei nem porque essas conversas foram divulgadas, isso realmente não vejo interesse público nisso”, disse.
O governador também reforçou a relação pessoal e política que mantém com Jair Bolsonaro: “A minha relação com o Bolsonaro vai ser como sempre foi: relação de lealdade, de amizade, de gratidão com uma pessoa que eu entendo ter feito muito pelo Brasil e por mim. Ele me abriu a porta, sempre foi muito amigo, e eu vou ser amigo, vou estar sempre do lado, trabalhando para ajudar na medida do possível”.
Tarcísio reage a mensagens da PF que citam seu nome em conversa de Bolsonaro e Eduardo
