Quem é o diretor da PF que quer vigia dentro da casa de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF), em um ofício assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, pediu nesta terça-feira (26) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para manter uma equipe policial dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em tempo integral, sob a alegação de que a medida visa garantir o cumprimento da prisão domiciliar do líder conservador.

Delegado de carreira há mais de 20 anos, Andrei Rodrigues assumiu a direção-geral da PF em janeiro de 2023, indicado pelo então ministro da Justiça e hoje colega de Moraes no STF, Flávio Dino. Durante a campanha presidencial de 2022, Rodrigues coordenou a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), permanecendo responsável pela função até a posse do petista.


Em sua trajetória profissional, Rodrigues já atuou também na segurança da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante as eleições presidenciais de 2010 e foi responsável pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, criada para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Rodrigues também foi oficial de ligação da PF em Madri, na Espanha; coordenador-geral de Polícia Fazendária; e chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Diretoria de Tecnologia da Inovação da Polícia Federal.

No Rio Grande do Sul, em 2007, ele foi o responsável por comandar a investigação conhecida como “Fraude dos Selos”, que apurou desvio de cerca de R$ 2 milhões em verbas da Assembleia Legislativa gaúcha. Já do outro lado do país, em Manaus, capital do Amazonas, ele chefiou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

SOBRE O PEDIDO PARA “VIGIAR” BOLSONARO
Nesta terça, a PF pediu ao ministro Alexandre de Moraes que a vigilância policial em cima de Jair Bolsonaro ocorra com uma equipe dentro da residência do ex-presidente. A medida ocorre após o magistrado determinar que o líder da direita brasileira fosse monitorado 24 horas por dia.

A decisão do ministro do STF citou risco de fuga, principalmente em razão da atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos tentando influenciar autoridades contra o Judiciário brasileiro. Para Moraes, as ações do parlamentar aumentam as chances de que o pai deixe o país.

Em ofício enviado ao ministro, a PF apontou que a presença de vigilantes nas imediações da residência não seria o suficiente para evitar uma eventual fuga, mesmo com o uso de tornozeleira eletrônica, já que ela seria suscetível a falhas.


– Dessa forma, havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado, e do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos – diz a corporação.

O documento foi assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que indicou que o monitoramento dentro da residência de Bolsonaro ajudaria a evitar transtornos aos demais moradores do condomínio.

Fonte: Pleno news

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