Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou em agosto.
A aprovação de Lula recuou, interrompendo a alta registrada desde junho. O aumento anterior havia sido impulsionado pelas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O slogan de Lula “soberania nacional” ajudou nos resultados de junho e julho, mas não sustentou os números em agosto.
A queda na aprovação, acima da margem de erro, indica um desgaste. A desaprovação subiu 1,3 ponto em relação a julho, dentro da margem de erro, mostrando estabilidade nesse indicador. Os que não sabem ou não opinaram aumentaram de 0,2% para 1%.
A pesquisa também avaliou o Governo Lula 3. As avaliações negativas (soma de ruim e péssimo) subiram três pontos porcentuais em relação ao fim do mês passado, alcançando 51,2%.
Maioria desaprova Lula e avalia como péssima e ruim a administração
O índice de desaprovação que recuava nos últimos três meses voltou a subir. A alta, em agosto, foi de 1,3% – comparada à pesquisa do final de julho, quando 49,7% dos brasileiros reprovavam o Governo Lula.
A pergunta feita aos entrevistados foi: Você aprova ou desaprova o desempenho do presidente Lula? Veja o resultado a seguir:
Aprovação desempenho presidente Lula
- Desaprovo: 51%
- Aprovo: 47,9%
- Não sei: 1%
A maior taxa de desaprovação é entre os homens (56,6%), com ensino médio (58,1%) e entre os 25 a 34 anos (66%). Pessoas declaradas evangélicas formaram maioria dos que disseram desaprovar o presidente Lula (70,6%).
Os entrevistados também responderam sobre a administração do presidente Lula, neste terceiro mandato. A questão apresentada foi: Como você avalia o governo do presidente Lula? Veja a seguir como foi o resultado:
Avaliação do Governo Lula
- Ruim/Péssimo: 51,2%
- Ótimo/Bom: 43,7%
- Regular: 5,1%
A maior taxa de reprovação do Governo Lula é entre os homens (57,4%), com ensino médio (57,4%) e entre os 25 a 34 anos (56,2%). Pessoas declaradas evangélicas somaram a maioria dos que disseram desaprovar a administração de Lula (72,7%).
Em 28 de julho, as avaliações de ruim/péssimo (48,2%) e ótimo/bom (46,6%) ficaram tecnicamente empatadas, o que não acontecia desde novembro de 2024, segundo a série histórica do levantamento.
Mais da metade da população acha que economia está ruim
Mais da metade dos brasileiros (53%) apontaram que a situação econômica do país está “ruim”. A pesquisa abordou as seguintes questões: Como você avalia a situação econômica do Brasil e o mercado de trabalho neste momento? E como você avalia a situação econômica da sua família? Veja os resultados a seguir:
Situação econômica do Brasil
- Boa: 29%
- Normal: 18%
- Ruim: 53%
Situação do mercado de trabalho
- Boa: 38%
- Normal: 18%
- Ruim: 44%
Situação econômica da família
- Boa: 33%
- Normal: 29%
- Ruim: 38%
A inflação é um dos principais fatores que afetam o poder de compra das famílias. Segundo o IBGE, o IPCA, índice que mede a variação de preços no Brasil, registrou 5,23% em 12 meses, referente a julho.
O Banco Central (BC), através do Boletim Focus, projeta que a inflação termine o ano em 4,86%. A meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Metodologia
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg entrevistou on-line 6.238 eleitores de 20 a 25 de agosto de 2025. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança da margem de erro é de 95%.
