A oposição apresentou uma minuta do projeto de anistia nesta quinta-feira (4). No entanto, o Congresso está dividido sobre a abrangência do perdão que beneficie o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus por crimes político-eleitorais.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Em entrevista coletiva em evento de posse de ministros no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o senador foi questionado se tem tido contato com ex-chefe do Executivo. Ele afirmou que não solicitou nova visita, mas que tem conversado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e assessores.
“Ele tá triste, muito triste. Muito debilitado”, disse Nogueira, que foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e um de seus principais aliados políticos.
O senador também afirmou que está pressionando o Parlamento para votar o projeto da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e para beneficiar o ex-presidente.
“[A lei] vai ser aprovada, se Deus quiser, para a gente corrigir essa injustiça que está sendo cometida contra o [ex-]presidente [Bolsonaro]”, declarou.
Ao ser questionado sobre a atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de não pautar o projeto, o Nogueira disse que ele não é dono da Casa e deve respeitar a vontade da maioria.
“Ele não é dono da casa. Tem que respeitar o direito da maioria, se a oposição quiser votar”, disse.